fonte: Internet
Texto retirado do site Auto Esporte.
O Volkswagen Gol surgiu em 1980
cumprindo várias promessas. Para começar, tinha estilo bem mais europeizado do
que o Brasília, sem falar que deixava o veteraníssimo Fusca bem para trás em
outras soluções. Porém, não rompia o parentesco com o besouro em um ponto fundamental:
a alma. Ou melhor, o motor boxer refrigerado a ar. O primeiro Gol tinha motor
1.3 de míseros 42 cv, o que melhoraria em 1981 com a adoção do maior 1.6 de 51
cv. Ainda assim, não era um Gol daqueles de dar olé. Isso só viria mesmo em
1984, quando o hatchback ganhou a versão GT.
O esportivo estava na medida para
concorrer com o mais sedado Ford Escort XR3. Se o rival levava em requinte e
porte, o Volkswagen investiu forte no mais apetitoso 1.8 8V refrigerado a água.
Equipado com o comando de válvulas mais brabo do Golf GTi europeu, o motor
rendia bons 99 cv de potência e 14,9 kgfm de torque. Graças ao peso
relativamente baixo de 930 kg, o GT arrancava até os 100 km/h em 9,7 segundos e
encostava nos 180 km/h, faixa na qual se esgoelava em razão do gosto por altos
giros e do câmbio de quatro marchas. Os números oficiais poderiam parecer
ditados pelo otimismo da Polyanna, mas desconfiava-se, na verdade, que a Volks
subestimasse os números de rendimento para se enquadrar numa faixa amigável do
IPI, que vitimava carros com mais de 100 cv de potência.
Para acompanhar o fôlego
recém-adquirido, o Gol GT passou por um ajuste fino que inclui molas novas,
amortecedores de carga maior (mais firmes), barra estabilizadora de maior
diâmetro e freios dianteiros com pinças mais robustas, o que se somava ao jogo
de pneus 185/60 aro 14 em rodas de liga. Tão importante quanto o desempenho
dinâmico era o visual. Não era apenas uma questão de passar rápido pelos
lugares, os donos dos raros esportivos nacionais queriam abafar. Nisso o GT não
decepcionava também. Além de faixas pretas pela carroceria, o modelo se
destacava pelos faróis ladeados por piscas (ao estilo do Voyage), enquanto o
escapamento duplo gritava alto. A ambientação interna era exclusiva: bancos
envolventes da Recaro incluíam apoio retrátil para as coxas, enquanto a
instrumentação investia no grafismo avermelhado e, de quebra, trazia o
indispensável conta-giros. O volante de pequeno diâmetro ajudava no espírito
esportivo. No final, foi o rei da linha Volkswagen.
O reinado, contudo, foi curto. O
Gol GT saiu de linha em 1987, quando o compacto BX passou pela sua primeira
reestilização. Cedeu o cetro para o GTS que mal esquentaria o trono, já que
teve que dividir a sua posição de esportivo da gama com o GTi.
fonte: YouTube
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