sábado, 21 de novembro de 2015

Um importado com jeito de clássico: Hyundai Azera.


                                                       fonte: Internet

Texto retirado do site Quatro Rodas.

       Mais potente que um Mercedes Classe C. Mais admirado que um Lexus 350. Mais espaço interno que um BMW Série 7. E o mais impressionante: o preço." O que a campanha de lançamento do Hyundai Azera - que, além do texto acima, mostra o sedã com a cidade de Detroit, berço da indústria americana, ao fundo -, tem de realidade além da clara provocação? É isso o que veremos adiante.
       O Azera tem motor de alumínio 3.3 V6 de 24 válvulas, com comando de válvulas e coletores de admissão variáveis, e gera 245 cv de potência e 31 mkgf de torque, segundo o importador. Ele realmente é mais potente que o Mercedes C280, que vem equipado com um V6 3.0 com 231 cv e 30,6 mkgf. A Mercedes pode alegar que, na prática, os dois modelos têm a mesma relação peso/potência, uma vez que o C 280 é mais leve. Ele tem 1 555 kg, enquanto o Azera pesa 1 640 kg, o que resulta em uma relação de 6,7 kg/cv para ambos. Além disso, o C280 vem com transmissão seqüencial de sete marchas que permite explorar melhor a força do motor que o câmbio seqüencial de cinco marchas do Azera. Mas, de fato, o Azera é mais potente que o Mercedes.
        Em nossa pista de testes, o Azera acelerou como gente grande. Fez de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos e alcançou 225,1 km/h de velocidade máxima. Nas frenagens, parou de forma exemplar. E, no consumo, se não manteve uma dieta frugal, também não exagerou na alimentação. Ficou com as médias de 7 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada.
         No que diz respeito à comparação com o Lexus, admiração é algo difícil de medir. Com modelos como o Azera e o SUV VeraCruz, a Hyundai está pleiteando uma vaga no Olimpo das marcas de prestígio, enquanto a Lexus já nasceu nesse meio, como uma estratégia da Toyota para ingressar no segmento de luxo. Mas, como medida de seu cartaz, a Hyundai apresenta os prêmios que o Azera conquistou em 2007. Um deles foi o primeiro lugar no ranking de Desempenho e Design, da conceituada empresa de pesquisas americana J.D. Power. O outro foi o de Qualidade Total, da consultoria Strategic Vision, também americana. A Lexus pode argumentar que já venceu diversos prêmios ao longo de sua história. Mas neste momento é a Hyundai que está festejando.

Alemão nos detalhes
         Independentemente da percepção do mercado, pode-se dizer que um carro é admirado quando combina design, qualidade e conforto. E isso o Azera tem para oferecer. Seu design adota um visual clássico, como é costume no segmento de luxo, mas com personalidade. A maior ousadia está na traseira, notadamente nos contornos dos páralamas e da tampa do porta-malas. Na dianteira, os faróis são pequenos e quase retangulares, contrariando a liberdade de formas que se vê nos novos lançaAs formas do Azera são clássicas, mas seu design tem personalidade própria mentos da indústria. Por dentro, o painel tem design original, com a parte superior independente da frontal, unidas por um friso de madeira (rádica, segundo a fábrica). Os materiais empregados no Azera poderiam muito bem ser encontrados nos modelos topo-de-linha da Mercedes ou da BMW. Percebe-se que os projetistas do Azera não descuidaram de nenhum detalhe. Os bancos são de couro e o console central foi revestido de alumínio decorado de bom gosto. Os quebra-sóis são de tecido furadinho e contam com abas, para cobrirem toda a extensão das janelas quando virados para as laterais. Os controles de volume do rádio, no volante, possuem teclas em relevo (um ressalto para aumentar e uma depressão para diminuir o som), para o motorista não precisar desviar o olhar.
           O Azera é oferecido em duas versões sem nomes que as identifiquem. A diferença está nos equipamentos. A básica já é bem completa: traz ar-condicionado com ajustes independentes para os dois lados da cabine, trio e bancos elétricos, sistema de som Infinity com dez alto-falantes e vidros fotocromáticos (que variam a transparência em função da luz do dia) - mas esse recurso perde a função quando se aplicam películas escuras nos vidros (como é o caso do veículo avaliado). A versão mais completa, mostrada aqui, tem ainda faróis de xenônio, teto solar elétrico, visor LCD, disqueteira para seis CDs e bancos com memória.
            Quem dirige o Azera logo aprova seu comportamento dinâmico. Ele é um carro confortável, que tem a suspensão macia, mas firme. Ou seja, as estruturas (duplo A na frente e multilink atrás) filtram as imperfeições no piso, deixando a carroceria se movimentar na vertical, sem permitir oscilações laterais ou longitudinais exageradas. Na minha opinião, trata-se do melhor acerto de suspensão que a Hyundai já fez. A direção é leve, o que torna as manobras fáceis de realizar. As respostas não são das mais rápidas - os donos de sedãs de luxo gostam de uma certa demora -, mas não chegam a ser tão lentas quanto as do Toyota Camry, por exemplo (um belo carro, com um motor de 285 cv, mas sem pressa de chegar ao destino).
             O Azera é mais fácil de estacionar que um BMW Série 7, dono de uma carroceria maior. Por falar nisso, a terceira afirmação do anúncio parece a mais improvável de todas. Com 4,89 metros de comprimento e 2,78 metros de entreeixos, como o Azera pode ser maior que o Série 7, que mede 5,03 metros e tem 2,99 metros de um eixo a outro?

Cortina
             Comparamos medidas dos dois veículos e tivemos uma surpresa. Apesar de ser menor por fora, o Azera é maior que o Série 7 no volume total da cabine, de acordo com a agência americana EPA. Pelo quadro de medidas, é possível imaginar que há equilíbrio entre os dois, uma vez que o Hyundai tem vantagens nas posições dianteiras e o BMW, nas traseiras. A BMW pode se valer de que é imbatível na distância para os quadris e espaço no porta-malas. Mas na soma geral de espaço na cabine o Azera leva a melhor.
             Quem viaja atrás tem o mesmo conforto que o motorista e o passageiro da frente. O espaço para as pernas é de sedã grande, há alto-falantes e saídas de ar-condicionado próximas, cortina, porta-copos e cintos de segurança de três pontos nas três posições.
O Azera também é bem-servido, em matéria de segurança. Ele conta com freio ABS, com EBD e BAS, controle de tração e programa eletrônico de estabilidade. São dez airbags, no total.
Entre os carros mencionados na propaganda, o Azera é o mais barato. Ele custa 94 800 reais na versão mais simples e 105 400 reais na completa, enquanto o Mercedes C 280 é vendido por 219 900 reais, o Lexus ES 350 sai por 227 318 reais e o BMW 750i V8, ao preço de 490 000 reais. Os verdadeiros concorrentes do Azera, porém, são os modelos que disputam motoristas com orçamentos mais modestos, como o Ford Fusion 2.3, por 83 620 reais, entre os mais em conta, e o VW Passat 2.0 T, por 121 760 reais, para quem pode gastar um pouco mais. A Hyundai mira nas estrelas para acertar os aviões.
              O anúncio se esqueceu de falar da garantia de cinco anos, a maior do mercado - igual somente à que ela própria dá em outros modelos e à que a Kia também oferece. Mas aí não haveria comparação...


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